Doçura

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Os olhos se abrem;

leais janelas do coração,

com um brilho suave,

jeito meigo, pleno de emoção.

 

Talvez tivesse sido açúcar

em vez de talco, quando criança,

que deu num riso açucarado de confiança.

Talvez apenas um amor, uma bonança.

 

Uma vez sentida,

deixa marcas eternas,

que com sutileza terna

dão sentido à vida.

 

Um sentido doce, que toca a alma

como toca nosso corpo o vento, respeitoso,

sendo sutil, intenso e carinhoso,

e, gentilmente, nos acalma.

 

Forma pura de amar,

ilumina com sua luz

com o zêlo de não cegar

e, sem intento, seduz. 

 

Fabiana Botelho